-+ educação estética em
Schiller
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introdução
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contexto: recepção da revolução Francesa na Alemanha
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iluminismo: otimismo da razão e emancipação do homem
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entusiasmo inicial de modificações políticas
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Desilusão posterior de Schiller : caráter violento/sangrento da
revolução francesa
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Alternativa de Schiller: modificação da sociedade a partir dos
cidadãos e não a partir da instituições
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relações de base: educação e reforma individual
dos
cidadãos
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crítica às revoluções: modificam repentinamente as instituições
a partir de uma hierarquia mais alta
e
não das bases.
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não há condições de formar um estado racional, se o povo não tem
condições subjetivas de ter desenvolvido sua
racionalidade/moralidade
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cidadãos sem formação não estão preparados para a liberdade em
certos momentos
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resultado das revoluções: tutela e tirania
* é
preciso primeiro uma modificação por processos educativos/culturais
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objetivo de Schiller: educação do homem feito a partir da estética
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educação pela arte
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vínculo entre estética e moral para transformação social
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arte: papel unificador da cultura e dos homens
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equivalente ao papel unificador que foi a religião na idade
media/antiguidade
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obra central: Sobre a educação estética do homem numa serie de
cartas
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influência principal : Kant
-Critica da faculdade do Juízo
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Platão
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Aristóteles
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forte influxo/ reflexão sobre os modelos de arte clássica grega na
Alemanha
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beleza : instrumento/propedêutica para se chegar à verdade e moral
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desenvolvimento
* homem
formado por dois impulsos
:
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impulsos: formal e sensível - autônomos
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impulsos tem princípios próprios
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impulso formal
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racional
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formula juízos, leis, conhecimentos, vontades, ações
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teoréticos (abstrações, reflexões)
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prática ( moral)
*âmbito
do pensamento
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tende a busca da imutabilidade e unidade
*caráter infinito do
homem(atemporal)
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impulso sensível
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sensibilidade, sentimento
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âmbito particular da experiencia
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mutável/conteúdos da sensibilidade
caráter
finito do homem ( temporal)
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impulso lúdico
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harmonia entre impulso formal e sensível
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impulsos simultaneamente subordinados e coordenados entre si
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impulso lúdico: jogo
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mediação
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uso livre da Imaginação no impulso lúdico
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o belo é manifestação do impulso lúdico/ jogo
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há relação reciproca entre impulso formal e sensível
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objeto do impulso sensível: vida, matéria perene
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objeto do impulso formal: figura, modelo
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objeto do impulso lúdico: a forma(figura) + matéria (vida) = obra
de arte =beleza
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harmonia entre impulsos corporificados na arte
*O
belo : meio- termo
entre a necessidade (mundo/natureza) e a lei (moral/liberdade)
meio
termo : o impulso sensível e o impulso formal.
* Obs: Comum
engano quanto ao aparente antagonismo entre impulsos formal e
sensível
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falsa percepção advinda já da transgressão do homem em confundir
o domínio de cada impulso
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tarefa da cultura:
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deixar os impulsos dentro de seus limites- sem sobreposição
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assegurar a proteção do homem contra o poder das sensações (
impulso sensível)
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necessário formação racional
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preservar a sensibilidade contra as abstrações do excesso da razão
(impulso formal)
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necessário formação sensível
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antropologia - base
para se pensar uma cultura estética
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três níveis para o homem se realizar enquanto homem
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1-
físico
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sujeição total da natureza (necessidades fisiológicas)
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homem ser sensível antes de ser inteligência ( racional)
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saída desse estado pela contemplação
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2-estético
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contemplação estética
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contempla a natureza - primeira etapa para a moralização
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pq?
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Porque desinteressada e distante da necessidade
(fisiológica)
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desinteresse da contemplação auxilia moral : vontade
desinteressada= vontade boa –-- base kantiana –-- obra:
fundamentação da metafisica dos costumes
*MAS
contemplação difere de desejo
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desejo: destrói o seu objeto após obtê-lo
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contemplação: representação do objeto - indiferente da sua
existência
Formas
de Contemplação:
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contemplação passiva - sujeito afetado pelo objeto
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contemplação ativa - adequa forma e modelo à matéria contemplada
(impulso formal)
-- julgamos
quando contemplamos
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razão contempla o conteúdo experienciado
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razão afetada no ato de contemplação - faz perceber minha força
interna judicativa - ativa
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prazer na contemplação não decorre do objeto mas da
forma/julgamento
como o contemplamos
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contemplação promove transição gradual para a possibilidade moral
- lei interna-juízo
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Contemplação ocorre após
termos saciados nossa necessidade
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contemplação: capacidade de julgar livre das necessidades
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forma de julgar aparece distante do sentimento imediato das
necessidades
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contemplação: propedêutica para se chegar ao julgamento
/juízo
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sentido estético prepara animo para autodeterminação racional
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Mas sem se opor à natureza sensível
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3-moral
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autonomia da vontade -aceitação da moral kantiana
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ação por dever
Como
homem não é puramente racional é possível um auxílio da
estética para formação moral
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utilidade dos costumes estéticos (gosto/arte) para a moral
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Schiller mantém separação entre moral ( puro dever ) separado do
estético ( gosto)
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Mas cultura estética influencia ética
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Pergunta : Qual o efeito do gosto e das artes (estética) na formação
(moral) dos homens?
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Resposta : gosto/artes pode promover a moralidade
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Referência : Carta "sobre a utilidade moral dos costumes
esteticos"
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tese: moral não pode ser fundado em nenhum sentimento, seja de
beleza ou qualquer outro, mas existem sentimentos que favorecem a
moralidade
Beleza:
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educação do homem através do belo
: educar
o sentimento para a beleza, estaríamos aperfeiçoando,
simultaneamente, a sensibilidade artística e os costumes morais (de
modo consequente).
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estético não é baseado em princípios empíricos, mas bases
racionais
*Experiência
nos oferece apenas estados de belo, mas nunca o Belo.
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Belo: manifestação do jogo –expressão fruto da harmonia entre
impulsos formal e sensível
*Belo
não é puro subjetivismo: é expresso nos objetos das belas-artes
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Belo: reconhecido universalmente sem mediação de conceitos –
Influência kantiana
*No
caráter temporal/histórico do Belo expressos nas obra de arte
precisamos encontrar o caráter imutável/infinito que se manifesta
nela.
--beleza
nos conduz a um
estado intermediário que comporta, ao mesmo tempo, sensibilidade e
pensamento.
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educação estética e Estado
* Estado
- termo de sentido lato
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conjunto de governantes+instituições+sociedade civil
* como
criar cidadãos para um estado racional esclarecido?
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círculo vicioso: estado racional exige cidadãos esclarecidos
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Mas não há no momento tal base de cidadãos esclarecidos para este
estado
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Como um estado esclarecido/racional pode exigir para o seu suporte
uma base que ainda não existe?
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solução desse círculo : cultura estética
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formação do caráter do cidadão
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duas vias
:
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1-purificação
dos sentimentos]
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enobrecimento do sentimento
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via para conduzir o homem para a razão
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arte e gosto são mediadoras para se chegar a moralidade
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integralidade de todas as esferas do homem: sentimento
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cultura estética
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2-Retificação dos conceitos
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via puramente racional- escopo teórico
--difícil
se guiar só pela razão(por isso a tese de schiller de não esquecer
a sensibilidade/arte)
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Máximas que guiam o homem e corrigem seus erros
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Princípios
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cultura filosófica
Exemplo
de arte como promovedora da moral:
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teatro
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instituição moral pública
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contexto: impacto comunitário do teatro--- época
de
Schiller
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influência aristotelica
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adaptaçao da noçao de catarse
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descarga emocional que propicia a ética
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mímese: A imitação contida no teatro conduz a um maior cuidado
moral após o contato com esta arte
* Mas
contemplação artística em Schiller e a sua visão de arte abrange
vários tipos de
obras
artísticas além do teatro: música, quadro, poema,
edifícios(arquitetura).
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conclusão
* qual o
tipo de homem que schiller almeja formar?
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cosmopolita
* bem
da humanidade
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Livre – autônoma ( sentido kantiano )
* Em
harmonia com seus impulsos
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Através da estética Schiller acreditava poder purificar a vontade e
a
moral, encontrar um equilíbrio para os vícios sociais e efetivação
do projeto Iluminista de modo gradual.
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bibliografia
* NUNES,
A. A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DE SCHILLER
NA
CONTEMPORANEIDADE:O USO DA ARTE PARA UMA EDUCAÇÃO MORAL
disponivel em:
<http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/10951/1/ulfl155520_tm.pdf>
LIBERDADE
PELA ARTE SEGUNDO SCHILLER
Iraquitan
de Oliveira Caminha
Disponível
em:
https://www.ufpe.br/ppgfilosofia/images/pdf/liberdade_iraquitan.pdf